segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Cartas de Mystara II


Luni e suas pesquisas...
Quem poderia supor que fadas também escrevem cartas? É claro, não indicam o destino e nem assinam no final. Ainda assim, escrevem cartas. Luni encontrou mais uma e começou a catalogar para a Biblioteca de Vestland!




Eu gosto da Alvorada. É verdade que as cores do Crepúsculo me agradam mais: resquícios de laranja se unem com um azul profundo para formar um degradê de turquesa delicioso. É uma das combinações mais elegantes que se pode ver no céu, até umas iluminações violetas se prestam a fazer parte da harmonia. Ainda assim, eu gosto é da Alvorada.
A Alvorada tem uma alegria fresca que os outros momentos do dia não possuem. É quase como se ela estivesse dizendo que vai dar tudo certo. Mesmo quando isso é uma grande mentira e o dia se mostra infernalmente quente, a Alvorada me dá esperanças. Bom, na hora em que ela fala é quase impossível não acreditar. É sedutora; te envolve de orvalho com aquele brilho pálido, ligeiramente rosado. Te dá um abraço frouxo, daqueles que não causam dores nas costas. Com os bracinhos meigos te acaricia, como se agradecesse por você ter acordado mais cedo naquele dia. É muita gratidão! Infelizmente não se pode abusar da Alvorada, ela gosta assim. Prefere te ver uma vez ou outra, uma eterna namoradinha, não precisa se envolver... Não precisa e nem poderia. É daqueles prazeres breves. Toca a língua com a sutileza de um doce absurdamente caro, que precisa ser experimentado com toda a atenção. Você tenta fazer o momento se prolongar só mais um pouquinho, só mais uma colherzinha. Acaba.
Não adianta esperar pelo dia seguinte. Não se pode gastar assim os encontros com a Alvorada. Ela não quer. É mais gostoso quando você vai falar com ela só de vez em quando. A Alvorada é serelepe. Quem adivinha para onde ela vai depois de si mesma? A Alvorada tem outros amores, como não teria? Te manda embora em poucos minutos ou vai embora ela própria. Você poderia até fazer o esforço de ir encontrá-la todos os dias, mas a sensação seria a mesma. É da natureza da Alvorada ser inconstante. Que doce!
O Crepúsculo, ao contrário, é denso e massacrante. Mas é sincero: te diz que o próximo dia vai ser quente, hell hot! É só olhar com cuidado. Vem com aquela beleza cálida que quase machuca, te deixa sem forças, te faz amar e odiar, e odiar mais um pouco. Está sempre lá (ou quase sempre). Não tem inveja da Alvorada, porque já sabe como as coisas funcionam. Acaba cedendo. Na verdade, acho que também morre de amores por ela. Que tristeza! Triste gostar assim da Alvorada. Contento-me com esses breves momentos.


Escrito em fey, ainda guarda luminescências de vaga-lumes em cada letrinha traçada com espinha de peixe falante (é o que pensa a barda). Luni está exultante!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Cartas de Mystara I

Caro amigo,


esta carta provavelmente será a última. Já entramos no território das Terras Arruinadas; somos um pequeno grupo e os orcs são muitos.

Não acredito que terei o prazer de compartilhar a alegria de seu sorriso outra vez. Não mais beberemos juntos na estalagem vizinha, não mais escutarei a doçura de sua voz me trazendo bons conselhos, nunca mais sentirei o frescor do vento em meu rosto enquanto cavalgamos lado a lado.

Espero ter sucesso nesse último gesto de amor em nome da nossa amizade e dos nossos. Me deseje sorte e que, pela manhã, o sangue de muitos inimigos esteja estampado em minha lâmina.

Não se esqueça dos nossos bons momentos.



Carta traduzida do élfico por Luni Pui Moon
Parte integrante de seu livro Cartas ao Vento e ao Mar.






domingo, 27 de março de 2011

Um gnomo na taberna - parte 2



Minhas mãos agem sem meu controle, tento pegar minha adaga. Pego a varinha mágica. Não sei lançar a terrível bola de fogo, mas sei ficar invisível. Sim! Invisibilidade e depois sair correndo, foi uma péssima ideia procurar a Luni aqui!

Eu olho para quem me atacou e não vejo ninguém! Meus olhos só conseguem perceber um velho, humano. Ele também está caído no chão... Por um momento, penso que foi um encontrão: o velho e eu, desatentos, nos encontramos e caímos na entrada da taberna! Mas, por precaução, resolvo ficar invisível!

Parece que foi mesmo apenas um encontrão! Estarei ficando paranoico? Estou com sede...

Alguns acordes fazem-se ouvir: a música vai começar lá dentro. Guardando minha varinha, tomo coragem e passo pela porta.  Dou uma olhada no papel e vejo meu nome. Não escrito, belamente desenhado. Sim, Luni deseja me encontrar - Nip, o gnomo aventureiro!

Tento encontrar o orc brutamontes e não o vejo - tão pouco vejo a meiga humana com olhar atrevido. Apenas Luni. Com pouco esforço consigo vê-la, pronta para tocar: ela domina o ambiente, todos ali parecem aguardar o início de sua música!

Sem que ninguém perceba, pego uma caneca e a encho de bebida. Claro, deixo o pagamento no bolso do taberneiro! Não sou ladrão!

Mesmo sem fazer meu estilo, vou audaciosamente na direção da Luni. Subo no palco, a música já começou, e me posiciono bem atrás dela. Ah, o susto que ela vai tomar quando souber que eu estava aqui o tempo todo! Vou bebendo, invisível e silenciosamente, aproveitando a incrível música! A garota melhorou em todo esse tempo em que estivemos separados!

Bom, eu também, basta ver minhas magias, muito mais perigosas agora! O pessoal da minha vila não perde por esperar, vão me ver - quando eu resolver voltar - tão poderoso que não irão nem me reconhecer! Já sei! Vou fazer uma brincadeira com eles, vou fingir que me arrependi da viagem, que estou fraco e cansado e , depois, farei inúmeras magias de ilusão! Ha, ha, ha! Quero só ver a cara do...

- Nip, preciso de sua ajuda. Luni disse isso sem se virar para mim, interrompendo meus pensamentos.

Como ela sabia da minha presença? Eu não estou invisível?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Figuras ilustres de Mystara - Parte I

Há alguns dias chegou um retratista na Saga dos Heróis. É claro que Luni não perderia essa oportunidade. Mandou que fizesse um retrato seu, aproveitou o tempo de estátua para folhear o bloco do artista, que contou um pouco da história de cada uma daquelas estranhas pessoas.



Aija
Clériga que se estabeleceu em Salt Village faz pouco tempo. Já possui alguns seguidores, no entanto. Sua aperência incomum é característica de genasis do fogo. Ela é quente!














Dido
Feiticeira-guerreira, elfa da lua de hábitos incomuns e personalidade um tanto quanto incoerente. Conhecida por ter adotado um goblin.
É, ela carrega um goblin consigo...
...e ele está começando a gostar dessa vida de bicho de estimação da bela elfa.












Hydra
Eis outra pessoa incomum. A druida DrOIDA, como alguns a chamam, é nada menos que uma tiefling (edição 3.5) que se faz passar por vampira sempre que o vê conveniente. Seus pais foram chacinados por homens maus e agora a revoltada criatura jurou vingança.










Sho Hin Puan
Figura famosa em Salt Village. Ao lado de sua amada esposa, Katemi, dirige o monastério da cidade, local de treinamento para aqueles que buscam aperfeiçoar suas técnicas de combate desarmado ou com a katana. Pouco se sabe sobre as origens desse querido habitante da vila, exceto que vem de terras muito distantes, onde nenhuma outra pessoa do mundo conhecido jamais chegou.










Loren, "a fada"
Este é o retrato falado de uma criminosa procurada em várias cidades e reinos de Mystara.
Suas presas não mentem, mas a insana vampira insiste em afirmar que é uma fada! O que acontece com aqueles que a contradizem? Seus corpos são encontrados totalmente drenados. A mulher é louca e a aproximação não é recomendada. Quem a avistar deve procurar as autoridades imediatamente.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Em platina

Emoção.

Uma  palavra gravada em élfico no interior de seu delicado anel. Que mistérios poderia guardar essa pequena peça de joalheria forjada em alvíssima platina?
Quem guarda os mistérios não é a jóia, mas aquele que a possui.

Que se escondia por traz daquele rosto desgastado, empoeirado e austero? Que se pôde enxergar na profundidade negra de seu olhar inerte? Nenhuma lágrima se derramou, nenhum sorriso jamais se esboçou.

O mistério morreu consigo.

O anel, no entanto, viajará por outras terras, pertencerá a outras mãos, até que se torne, outra vez, apenas metal. A emoção irá, por fim, se esvair. Deitará em outra forma e nada mais existirá de emoção.

Dissipa-se por completo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

The Bard's Song

Para todos os bardos de Mystara.



Now You all know
The bards and their songs
When hours have gone by
I'll close my eyes
In a world far away
We may meet again
But now hear my song
About the dawn of the night
Let's sing the bards' song

Ref.:
Tomorrow will take us away
Far from home
No one will ever know our names
But the bards' songs will remain
Tomorrow will take it away
The fear of today
It will be gone
Due to our magic songs

There's only one song
Left in my mind
Tales of a brave man
Who lived far from here
Now the bard songs are over
And it's time to leave
No one should ask you for the name
Of the one
Who tells the story

Ref.:
Tomorrow will take us away
Far from home
No one will ever know our names
But the bards' songs will remain
Tomorrow all will be known
And You're not alone
So don't be afraid
In the dark and cold
'Cause the bards' songs will remain
They all will remain

In my thoughts and in my dreams
They're always in my mind
These songs of hobbits, dwarves and men
And elves
Come close Your eyes
You can see them too

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Rumores: A terceira margem

Hoje de manhã, foi pregado no painel do salão principal da Saga dos Heróis o seguinte cartaz:



Em algum lugar deste vasto e misterioso mundo descansa cerrado um plácido portal. Diz uma antiga lenda contada nos altos círculos da magia que aquele que encontrar a terceira margem será transportado para um mundo de sonhos.
Em um rio de Mystara a promessa de desejos realizados  se esconde em meio a cintilância intermitente das frescas ondulações.
Existe neste mundo - ou em outro qualquer - algum aventureiro capaz de mergulhar no intocado portal e vislumbrar seus tesouros?
Giordano Fulvina, visconde de Verazzano, oferece generosa recompensa a quem se prestar, em seu nome, a participar dessa magnífica missão. Contato na taberna Caldeirão do Bruno, em Caurenze, Glantri.





Luni especula se é vantajoso pesquisar sobre o citado portal. Tesouros. De qualquer  forma, voltar para Glantri tão cedo seria como solicitar sua própria execução; sem dúvida os magos ainda não esqueceram a demolidora passagem do grupo de Krulk por lá. O melhor é ficar em Vestland por mais um ano ou dois.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cartas de Mystara

Fada Branca


Branca, a fada preciosa, que entre todas brilha mais forte.
Alva luz de magia, eladrin primorosa, guia e inspiração para as fadas menores.


Assim chama a si própria a fada destino do reino. Todos a idolatram e admiram sua linda figura enfeitada pela tiara de canto de passarinho, invejam sua novíssima varinha de cachos de dríade decorada com gemas de lua.
A verdade é que fada Branca não é mais que um ornado baú vazio. Duvido até que seja capaz de concluir qualquer ritual avançado. Aposto que jamais colheu suas próprias ervas ou caçou seus próprios vaga-lumes.
Pelas pústulas do fomorian, maldita seja a fada Branca!




Trecho extraído de uma carta encontrada no mundo das fadas.
Traduzido por Luni Pui Moon.
Parte integrante de seu livro Cartas ao Vento e ao Mar.

sábado, 7 de agosto de 2010

Um gnomo na taberna - parte 1

A porta estava aberta. Novidade, era uma taberna! O que eu poderia esperar?
Na verdade, não era apenas uma taberna, era a melhor taberna da cidade. Pelo menos era o que me disseram no caminho. Aliás, que caminho longo! Tantas aventuras apenas para chegar aqui, e tudo isso apenas seguindo uma informação não confirmada! Sim, não posso confiar no que o...

MAS O QUE É ISSO AQUI?!

Meu nome está escrito na porta da taberna!!!!

Meu coração bate a mil por hora, isso deve ser o que meu pai chamava de doença do coração! Parece que meu coração vai explodir! Se me lembro bem, só senti tanta velocidade outra vez, quando a conheci (se bem que foi diferente, foi bom), mas tenho que me concentrar, por que meu nome está escrito na taverna? Ou seria taberna?

Concentre-se! Chega de digressões!

Me aproximo ou vou embora? Pode ser uma armadilha! Quem poderia me conhecer aqui, tão longe de casa? Será que já fiz tantos inimigos? Sim, um monte...

Tudo culpa daquele brutamontes, cabeça dura e assassino! Ainda bem que me afastei dele. Se bem que, da última vez, ele se arriscou para me salvar, não foi? Sim, isso ou queria salvar a garota e eu estava na frente. Como ia pegar mal me deixar para morrer ali, na frente daquela mulher. Aliás, o que ela queria falar a sós comigo? Nunca saberei, acho...

Tenho que focar na porta e confirmar se é mesmo meu nome ali, colado no papel tão bonito!

Me aproximo da porta ou não? Sim, só pode ser uma armadilha! O papel bonito é um chamariz para me atrair, para me confundir. Sabem que eu pensaria nela e me aproximaria... Ou será que ela realmente está aqui?

Meus pensamentos são interropidos por um golpe violento que me arremessa ao chão.

ERA UMA ARMADILHA!!

p.s.: Esta é minha primeira postagem aqui na taberna. Espero que gostem da companhia .

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O gato e o duende (parte 3)

Certo dia, enquanto o pai caçava lagartos arco-íris e a menina visitava a avó, a ardilosa mulher preparou um delicioso prato de atum e atraiu Nix para perto dele. O pobrezinho mal deu uma mordida no peixe, para logo ser capturado pela mãe de Ali. Ela rapidamente jogou Nix num saco e saiu correndo para o rio.
Em desespero ao sentir a umidade tocar seu pelo brilhoso, Nix piscou os olhos, desfazendo assim o nó do saco. Pulou velozmente em busca da margem, suas patinhas peludas mal tocaram a superfície da água no percurso. Quem quer que visse a cena diria que o gato era capaz de andar sobre a água ou mesmo de voar.
Se alguém ainda não percebeu, nosso gato não era um gato comum. Nix é um gato guardião, já prestou serviços a diversos magos, bruxos e feiticeiros (havia uma druida também, mas ele prefere esquecer do episódio); é com certeza um gato mais poderoso que a mãe de Ali e sua rosa imaginavam. A vingança estava guardada.
O gato, no entanto, achou que deveria dar prioridade ao duende, afinal, este já o esperava há muito tempo.
 Devia aguardar a escuridão.
Ali foi dormir, perguntou por Chuchu (ela não sabia que o nome do gato era Nix). A mãe desviou a questão, deu-lhe um beijo de boa noite e fechou a porta. Poucos minutos depois, um vulto pequeno e muito ligeiro escalou a cama de Ali. subiu no seu peito, tampou seu nariz, abriu sua boca e ...
... no instante seguinte estava no chão. Em um pulo magestoso, Nix o derrubara. O duende também era ágil; sacou seu minúsculo punhal de ferro frio e cravou na face do gato. Nix gritou;  a ferida ardia, mas não podia perder mais uma vida sequer. Enfiou seus dentes pontudos no pescoço do duende e arrancou-lhe a cabeça. Como duendes não são saborosos, deixou o corpo por ali mesmo.
Não, Ali não acordou com o barulho. Nix quebrou o pode de geleia e devolveu a menina seus suspiros.
Ali nunca mais viu o gato ou a mãe, apenas uma gosma estranha ao lado de sua cama. Seu pai achou que era um esquilo ou uma doninha, talvez um duende.
A menina continuou infeliz por muito tempo - sem mãe e sem gato. Mas respirava tão bem agora!







Luni terminou a história. Um bárbaro bêbado chorava. Queria saber por que a menina não podia ficar com o gato e o que aconteceu com a mãe; coitada de Ali!
Luni não suportava esses sentimentalismos, bêbados também não eram sua companhia favorita. Afinal, que fazia essa mulher como barda numa grande taberna? Essa é outra história.
Luni estava pronta para se retirar quando alguém perguntou o que aconteceu na noite passada, para a história ter terminado tão cedo. É mesmo! O grupo escandaloso!
A barda não se importava, só queria se ver livre dos bêbados e dos chorões. Foi dormir.



Obs: A belíssima imagem é de Stephanie Pui-Mun Law.
Coincidência com o nome da barda ... ?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O gato e o duende (parte 2)

É dia na estalagem Saga dos Heróis. Luni está desperta, descansada e esteticamente preparada para enfrentar o mundo. Não consegue esqueçer sua rival da tarde anterior e resolve fazer uma pequena investigação. Sem perder tempo, segue para o balcão do primeiro andar e pede seu café da manhã. Aproveita a simpatia da gerente do estabelecimento para, sutilmente, inquirir sobre a belíssima moça que estava ali hospedada. Como se chama? É mesmo dançarina? Quem é seu acompanhante? Já estão ali faz muito tempo?
A gentil senhora lhe diz que estão ali faz três dias. Chegaram em mau estado; o homem parecia ferido, a mulher, no entanto, não demonstrava uma gota de sentimento por trás do gelo daquele olhar violeta. Sim, podia jurar que seus olhos são violeta e seu cabelo é como a prata da lua. Disse ser artista performática; o de cabelos negros, seu guarda costas. Mas até agora não demonstrou interesse em se apresentar em qualquer arte que seja. Raramente saem do quarto, nem o nome eles deram; mas ela ouviu o homem chamar a moça de Mai  ...  um enigma.
Luni perdeu o interesse; a bela misteriosa era uma simples hóspede . A vaga ainda era sua.
Ao fim da tarde, conforme o prometido, retomou sua história.




A mãe de Ali odiava gatos e cães e hamsters e outros animais. Mal tolerava o papagaio. O pai de Ali, no entanto, gostava muito de gatos, especialmente daqueles que podem falar. Nix, o gato, compreendia.
 O gato vagava já há vários meses. Sabia que deveria encontrar. Perseguia. Ao se aproximar da região, o gato notou um cheiro conhecido: seu inimigo de outras vidas não estaria muito distante.
Nix conquistou facilmente a confiança de Ali e do pai. Logo foi convidado a dormir no quarto de Ali. ele sabia, o duende sabia. A batalha não deveria tardar. O que Nix não esperava, era que naquela casa tivesse mais de um inimigo. a mãe de Ali já havia lhe preparado uma armadilha mortal. Eles viviam perto de um rio...




Subitamente, Luni foi interrompida. Um grupo escandaloso entrara furiosamente pela porta urrando pela atenção de todos. A história do gato ficaria para um outro momento

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O gato e o duende

Na aconchegante estalagem, Luni percebe que não é a única interessada na vaga. Aparentemente, uma bela e misteriosa mulher, acompanhada por um tipo estranho, de olhos pequenos e cabelos muito negros chegou antes dela e conseguiu a atenção de todos os olhares. Qual será sua especialidade? Ouve alguém dizer que é uma dançarina.
A enigmática rival logo se retira para seus aposentos, Luni vê sua chance. Pedindo a atenção de todos, se propõe a contar uma história, uma história real.




O gato e o duende

Nas colinas distantes de Salônia havia uma garota muito infeliz. Seu nome era Ali. Ali vivia com seu pai, sua mãe, seu papagaio e seu duende; o duende do armário.
O duende dormia o dia inteiro. Sua cama preferida era o cachecol azul de Ali, mas de tempos em tempos tinha que se mudar para o chapéu de palha. Toda noite o duende subia na cama de Ali e roubava dela um suspiro (que ele guardava cuidadosamente em um pote de geleia). Ali jamais vira o duende, pois sempre que ele acordava, ela já estava dormindo. No entando, Ali sabia que havia algo de errado; a cada dia ela tossia mais, sua cabeça doía constantemente.
Num certo dia, a mãe de Ali notou que a terra de seu precioso jardim havia sido perturbada. A Rosa foi a primeira a reclamar:  um gato, com certeza! O terrível animal deveria estar vivendo bem próximo dali. A fúria foi imediata. A mãe de Ali estava determinada a exterminar o vil animal.



Luni começa a boçejar. A audiência ainda está atenta, mas a vontade da barda diminui com a escuridão.
Uma barda que não suporta a vida noturna!? Exatamente, Luni precisa de longas horas de sono para restituir sua beleza (é o que ela diz).
Promete terminar a história no dia seguinte, em troca de boa cama e dos serviços da "Saga dos heróis".


quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Barda

Luni Pui Moon, de Ierendi, se retira sorrateiramente de um cenário tempestuoso após desastrosas aventuras ao lado de um orc homicida, um monge ganancioso, um gnomo covarde e uma ladra perigosa. Sim, o grupo que matou Abigail,que roubou artefatos de magos perigosos, que assassinou a capitã de um barco e toda sua tripulação, que causou terror e destruição de Glantri a Darokin, por terra e por mar. Obviamente sua cabeça está a prêmio em alguns principados de Glantri e outras cidades do mundo, mas por que não aproveitar o tempo que lhe sobra? A barda parte para Vestland, a terra gelada de guerreiros ferozes; também a terra onde boas histórias são sempre apreciadas. Há uma vaga numa famosa taberna da capital e, segundo Luni, é a sua vaga.