domingo, 27 de março de 2011

Um gnomo na taberna - parte 2



Minhas mãos agem sem meu controle, tento pegar minha adaga. Pego a varinha mágica. Não sei lançar a terrível bola de fogo, mas sei ficar invisível. Sim! Invisibilidade e depois sair correndo, foi uma péssima ideia procurar a Luni aqui!

Eu olho para quem me atacou e não vejo ninguém! Meus olhos só conseguem perceber um velho, humano. Ele também está caído no chão... Por um momento, penso que foi um encontrão: o velho e eu, desatentos, nos encontramos e caímos na entrada da taberna! Mas, por precaução, resolvo ficar invisível!

Parece que foi mesmo apenas um encontrão! Estarei ficando paranoico? Estou com sede...

Alguns acordes fazem-se ouvir: a música vai começar lá dentro. Guardando minha varinha, tomo coragem e passo pela porta.  Dou uma olhada no papel e vejo meu nome. Não escrito, belamente desenhado. Sim, Luni deseja me encontrar - Nip, o gnomo aventureiro!

Tento encontrar o orc brutamontes e não o vejo - tão pouco vejo a meiga humana com olhar atrevido. Apenas Luni. Com pouco esforço consigo vê-la, pronta para tocar: ela domina o ambiente, todos ali parecem aguardar o início de sua música!

Sem que ninguém perceba, pego uma caneca e a encho de bebida. Claro, deixo o pagamento no bolso do taberneiro! Não sou ladrão!

Mesmo sem fazer meu estilo, vou audaciosamente na direção da Luni. Subo no palco, a música já começou, e me posiciono bem atrás dela. Ah, o susto que ela vai tomar quando souber que eu estava aqui o tempo todo! Vou bebendo, invisível e silenciosamente, aproveitando a incrível música! A garota melhorou em todo esse tempo em que estivemos separados!

Bom, eu também, basta ver minhas magias, muito mais perigosas agora! O pessoal da minha vila não perde por esperar, vão me ver - quando eu resolver voltar - tão poderoso que não irão nem me reconhecer! Já sei! Vou fazer uma brincadeira com eles, vou fingir que me arrependi da viagem, que estou fraco e cansado e , depois, farei inúmeras magias de ilusão! Ha, ha, ha! Quero só ver a cara do...

- Nip, preciso de sua ajuda. Luni disse isso sem se virar para mim, interrompendo meus pensamentos.

Como ela sabia da minha presença? Eu não estou invisível?